quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Segredos da Natureza: Reptéis

Répteis

Classificação científica
Domínio: Eukaryota
 Reino: Animalia
 Sub-reino: Metazoa
 Superfilo: Deuterostomia
 Filo: Chordata
 Subfilo: Vertebrata
 Infrafilo: Gnathostomata
 Superclasse: Tetrapoda
 Classe: Reptilia
Laurenti, 1768

Subclasses

Anapsida
Synapsida
Euriapsida
Diapsida
Parareptilia

 Constituem uma classe de animais vertebrados tetrápodes e ectotérmicos, ou seja, não possuem temperatura corporal constante. São todos amniotas (animais cujos embriões são rodeados por uma membrana amniótica), esta característica permitiu que os répteis ficassem independentes da água para reprodução. Os répteis atuais são representados por quatro ordens:

Ordem Crocodilia - crocodilos, gaviais e jacarés: 23 espécies
Ordem Rhynchocephalia - tuataras (da Nova Zelândia): 2 espécies
Ordem Squamata - lagartos (como o camaleão) e serpentes: aproximadamente 7.600 espécies
Ordem Testudinata - (tartarugas, jabutis e cágados): aproximadamente 300 espécies

Os dinossauros, extintos no final do Mesozóico, pertencem à super-ordem Dinosauria, também integrada na classe dos répteis. Outros répteis pré-históricos são os membros das ordens Pterosauria, Plesiosauria e Ichthyosauria.
Os répteis são encontrados em todos os continentes exceto na Antártica, apesar de suas principais distribuições compreenderem os trópicos e subtrópicos. Não possuem uma temperatura corporal constante, são ectotérmicos e necessitam do calor externo para regulação da temperatura corporal, por isso habitam ambientes quentes e tropicais. Conseguem até um certo ponto regular ativamente a temperatura corporal, que é altamente dependente da temperatura ambiente. A maioria das espécies de répteis são carnívoras e ovíparas (botam ovos). Algumas espécies são ovovivíparas, e algumas poucas espécies são realmente vivíparas.
A língua portuguesa permite duas ortografias e pronúncias: reptil (oxítona), com plural reptis; ou réptil (paroxítona), com plural répteis.

 Classificação


Em anos recentes, muitos taxonomistas têm começado a insistir que a classificação deveria ser monofilética, ou seja, os grupos deveriam incluir todos os descendentes de uma forma particular. A definição tradicional dos reptis dada acima é parafilética, pois exclui tanto aves quanto mamíferos, apesar de eles também terem se desenvolvido a partir do réptil original. Colin Tudge diz:
"Os mamíferos são uma clade, e conseqüentemente os cladistas são felizes em reconhecer a táxon tradicional dos mamíferos. As Aves são também uma clade. Na realidade, Mamíferos e Aves são subclades dentro da clade principal dos Amniotas. Contudo, a classe tradicional Reptilia não é uma clade, mas apenas uma seção da clade Amniotas, que restou após a remoção dos grupos Mamíferos e Aves. Não pode ser definida por sinapomorfias, como seria apropriado, em vez disso, é definida pela combinação das caracteríscas que possuem e as que faltam: reptis são os amniotas a que faltam pelos ou penas, ou seja, no máximo poderíamos dizer que os reptis, na definição tradicional são amniotas 'não-aves' e 'não-mamíferos'."

 Evolução

Existem milhares de fósseis de espécies que mostram uma clara transição entre os ancestrais dos reptis e os reptis modernos.
O primeiro verdadeiro reptil é categorizado como Anapsídeo, tendo um crânio sólido com buracos apenas para boca, nariz, olhos, ouvidos e medula espinhal. Algumas pessoas acreditam que as tartarugas são os Anapsídeos sobreviventes, já que eles compartilham essa estrutura de crânio, mas essa informação tem sido contestada ultimamente, com alguns argumentando que tartarugas criaram esse mecanismo de maneira a melhorar sua armadura. Os dois lados tem fortes evidências, e o conflito ainda está por ser resolvido.
Pouco depois do aparecimento dos reptis, o grupo dividiu-se em dois ramos. Um dos quais evoluiu para os mamíferos, o outro voltou a dividir-se nos lepidossauros (que inclui as cobras e lagartos modernos e talvez os reptis marinhos do Mesozóico) e nos arcossauros (crocodilos e dinossauros). Esta última classe deu origem também às aves.

 Características

Corpo coberto com pele seca queratinizada (não mucosa) geralmente com escamas ou escudos e poucas glândulas superficiais;
Dois pares de extremidades (membros), cada uma tipicamente com cinco dedos terminando em garras córneas e adaptadas para correr, rastejar ou trepar; pernas semelhantes a remos nas tartarugas marinhas, reduzidas em alguns lagartos, ausentes em alguns e em todas as cobras;
Esqueleto interno completamente ossificado; crânio com um côndilo occipital;
Coração imperfeitamente dividido em quatro câmaras: duas aurículas e um ventrículo parcialmente dividido (ventrículos separados nos crocodilianos), o que lhes confere realmente três câmaras; um par de arcos aórticos; glóbulos vermelhos nucleados, biconvexos e ovais;
Respiração pulmonar; as tartarugas podem permanecer algumas horas embaixo d'água, prendendo a respiração e, para isso, o organismo funciona lentamente, o coração bate devagar, num fenômeno chamado bradicardia, e o fornecimento de oxigênio é auxiliado por um tipo de respiração acessória, em que o oxigênio dissolvido na água é absorvido pelas vias faríngica e cloacal;
Doze pares de nervos cranianos;
Temperatura corporal variável (pecilotermos), de acordo com o ambiente;
Fecundação interna, geralmente por órgãos copuladores; ovos grandes, com grandes vitelos, em cascas córneas ou calcárias geralmente libertados, mas retidos pela fêmea para o desenvolvimento em alguns lagartos e cobras; estas características revelam uma adaptação evolutiva para a vida terrestre;
Segmentação meroblástica; envoltórios embrionários (âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante o desenvolvimento; filhotes quando eclodem (nascem) assemelham-se aos adultos (sem metamorfoses).
Musculatura muito desenvolvida em Squamata (cobras e lagartos) e em Crocodylia (jacarés e crocodilos), mas em Testudines (tartarugas, cágados e jabutis) a musculatura é desenvolvida apenas no pescoço.

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